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Blinken diz não ouviu “nada de novo” de Lavrov durante cimeira no Laos

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje que não ouviu “nada de novo” do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que, tal como ele, participou numa cimeira regional no Laos.

Blinken diz não ouviu "nada de novo" de Lavrov durante cimeira no Laos

“Ouvi-o. Não posso dizer se ele me ouviu, mas não ouvi nada de novo”, disse Blinken aos jornalistas.

O chefe da diplomacia norte-americana deixou claro que não teve qualquer contacto direto com o seu homólogo, naquele que foi um dos raros momentos que partilharam a mesma sala.

“Penso que todos os países presentes nesta sala, sem falar em seu nome, deixaram claro que esta agressão tem de parar, não só porque é uma agressão contra o povo ucraniano, mas também porque é uma agressão contra os princípios que estão no centro do sistema internacional”, afirmou.

“É surpreendente que tantos países do outro lado do mundo, na região do Indo-Pacífico, estejam a interessar-se pelo que se passa na Ucrânia, porque sabem que se um país puder agir com impunidade e cometer atos de agressão, isso é um sinal para potenciais agressores em todo o mundo”, continuou Blinken.

Apesar das observações de Blinken sobre o consenso na cimeira, Washington está cada vez mais preocupado com o apoio da China à Rússia, sob a forma de exportações industriais avançadas que não constituem um apoio militar direto.

A Índia, que mantém relações cordiais com os Estados Unidos, também irritou Washington ao recusar-se a aderir às sanções ocidentais contra Moscovo.

O Presidente Joe Biden e a Vice-Presidente Kamala Harris, a candidata democrata às eleições presidenciais de novembro, comprometeram-se a apoiar a Ucrânia a longo prazo e prometeram não negociar com a Rússia nas costas de Kiev.

A sua posição contrasta fortemente com a do candidato republicano, Donald Trump, que se comprometeu a pôr rapidamente fim ao conflito ucraniano.

Os democratas sugeriram que Trump ameaça suspender a ajuda à Ucrânia para forçar o país a fazer concessões territoriais.

Lusa

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