Luanda, 15 de Maio de 2025 – Um médico cirurgião de nacionalidade búlgara, de 70 anos, foi sequestrado na madrugada desta quinta-feira no bairro Benfica, zona do Kifica, em Luanda, após criminosos armados invadirem a sua residência. O caso está a ser investigado pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) e está a gerar grande preocupação junto da comunidade e da classe médica.
De acordo com relatos da esposa à Rádio Luanda, os assaltantes levaram cinco cartões multicaixa pertencentes ao casal, com os respectivos códigos, além de 300 mil kwanzas em dinheiro que se encontravam na residência. A vítima foi levada pelos sequestradores apenas com roupa interior e permanece desaparecida.
Contacto com os sequestradores
Durante a manhã, os raptores fizeram contacto telefónico com a família, exigindo transferências de dinheiro sem uso de cartão bancário. Numa das chamadas, o médico conseguiu comunicar brevemente com o seu filho, em búlgaro, confirmando que está vivo, embora sem saber precisar a sua localização, apenas mencionando estar “em algum ponto da cidade”.
A esposa da vítima acrescentou que os sequestradores demonstraram conhecimento íntimo sobre a família, incluindo o facto de o enteado praticar jiu-jitsu e ela própria ser proprietária de uma loja, o que levanta preocupações quanto à premeditação do crime.
Médico ligado à Clínica Girassol
O médico sequestrado exerce funções na Clínica Girassol, uma das unidades privadas de saúde mais reconhecidas do país. A direcção da clínica não se pronunciou oficialmente até ao momento, mas fontes ligadas à instituição confirmaram que estão a acompanhar o caso com apreensão.
SIC investiga
O SIC deslocou-se ao local ainda na manhã desta quinta-feira e está a conduzir diligências para localizar o paradeiro da vítima e identificar os responsáveis pelo sequestro. Não foram divulgadas informações oficiais sobre suspeitos ou pistas relevantes até agora.
Este caso vem agravar o clima de insegurança em algumas zonas da capital angolana e levanta novos alertas quanto à necessidade de reforço da vigilância e da protecção a profissionais estrangeiros que prestam serviços essenciais no país.