Terça-feira, 14 de Janeiro, 2025

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Venâncio Mondlane Declara-se Presidente eleito e jura com bíblia em mão

Venâncio Mondlane, candidato às recentes eleições gerais em Moçambique, protagonizou um momento marcante ao declarar-se “presidente eleito pelo povo moçambicano” e realizar um juramento com uma Bíblia na mão, comprometendo-se a servir o país e os cidadãos.

Durante uma conferência de imprensa realizada em território moçambicano, Mondlane afirmou que sua eleição reflete a vontade genuína do povo, deslegitimando os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Constitucional e pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). “Eu, Venâncio Mondlane, presidente eleito pelo povo moçambicano, juro, pela minha honra, respeitar a Constituição e usar todas as minhas energias para transformar Moçambique numa das maiores nações do mundo”, declarou ele, num gesto que simbolizou um compromisso de luta e resistência.

“Aqui para testemunhar e lutar pelo povo”

Mondlane justificou sua presença no país como uma forma de demonstrar solidariedade às vítimas da violência eleitoral e reforçar sua disponibilidade para enfrentar as consequências dessa escolha. “Eu não posso estar protegido enquanto o povo que suporta a minha candidatura está sendo massacrado”, afirmou. Ele destacou que visitará locais de valas comuns e denunciará os assassinatos de moçambicanos, comprometendo-se a monitorar os processos em curso.

O político também rebateu acusações que o ligariam a responsabilidades criminais, enfatizando que retornou a Moçambique para responder às autoridades judiciais e provar sua inocência. “Estou disponível para me submeter à justiça e demonstrar quem são os verdadeiros culpados dos crimes até hoje cometidos”, afirmou Mondlane, desafiando as narrativas que associam seu afastamento do país a supostos medos ou receios.

“Uma luta pelos valores e pela justiça”

Mondlane reafirmou sua recusa em aceitar os resultados eleitorais divulgados até o momento, classificando-os como “falsários” e “manipulados”. Declarou ainda que não participará de nenhum Executivo resultante de tais resultados, reafirmando que sua luta não é por cargos ou benefícios materiais, mas pela verdade, pela justiça e pelos valores que sustentam a democracia.

“Não fiz esta luta para ser chefe, mas para defender o povo. Mesmo que outros no movimento decidam integrar o Executivo, eu jamais o farei”, garantiu, posicionando-se como um líder disposto a enfrentar riscos pela transformação política e social de Moçambique.

“Fazer história, não cargos”

Mondlane rejeitou qualquer insinuação de que seu regresso ao país teria sido fruto de um acordo político. Afirmou que a decisão foi unilateral e motivada por seu desejo de contribuir para o futuro do país, mesmo diante de ameaças e perigos. “O que faz história são os valores que você defende e o sacrifício que está disposto a fazer pelos outros”, concluiu, assumindo um papel de protagonista na luta pelos direitos do povo moçambicano.

Um juramento de compromisso

No momento mais emblemático da conferência, Mondlane, com a Bíblia na mão, jurou respeitar a Constituição e liderar o país rumo ao progresso, reiterando sua posição como líder legítimo do povo. “Digo tudo isto na qualidade de presidente eleito pelo povo moçambicano”, finalizou, sob aplausos dos seus apoiantes.

Palavras-chave: Venâncio Mondlane, presidente eleito, Moçambique, juramento, eleições, violência eleitoral, justiça, luta pela verdade, valores

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