Domingo, 8 de Dezembro, 2024

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Líbano acusa Israel de recusar cessar-fogo após noite de ataques

O primeiro-ministro libanês acusou hoje Israel de recusar o cessar-fogo com o Hezbollah, depois de uma noite de ataques aéreos nos subúrbios do sul de Beirute.

Líbano acusa Israel de recusar cessar-fogo após noite de ataques

“O prolongamento, mais uma vez, da agressão do inimigo israelita (…) e o facto de ter voltado a atingir os subúrbios do sul de Beirute com ataques destrutivos são indicadores que confirmam a recusa [de Israel] de todo os esforços para obter um cessar-fogo”, afirmou o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati.

A força aérea israelita efetuou, pelo menos, 10 ataques nos subúrbios do sul de Beirute, que provocaram fortes explosões e transformaram edifícios em escombros.

O exército israelita afirmou ter atingido alvos do movimento xiita nas zonas de Beirute e Nabatiyeh, no sul.

Os bombardeamentos atingiram ainda a região de Baalbeck, no leste do país, matando pelo menos 10 pessoas, segundo as autoridades libanesas.

Também as regiões de Alei, a leste de Beirute, e Bint Jbeil, no sul, foram atingidas, segundo a agência de notícias libanesa Ani.

A ONU já manifestou preocupação pelo facto de a guerra estar a pôr em perigo as antigas cidades fenícias em Baalbeck e Tiro, duas cidades inscritas na lista do património mundial da UNESCO.

Os bombardeamentos ocorreram poucas horas depois do encontro entre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e dois enviados norte-americanos, que tentaram negociar um cessar-fogo para o conflito.

Segundo os meios de comunicação israelitas, que citam fontes governamentais, os enviados traziam um plano de retirada do Hezbollah das zonas fronteiriças do sul do Líbano, bem como a retirada do exercito israelita dessa região, passando o controlo para o exército libanês e forças de manutenção da paz da ONU.

Os soldados israelitas não irão sair do sul do Líbano sem um acordo que satisfaça as exigências de segurança de Israel, acrescentaram as fontes governamentais.

A guerra que decorre nos territórios palestinianos há mais de um ano estendeu-se ao Líbano, onde Israel intensificou os ataques aéreos desde 23 de setembro, acompanhados de uma ofensiva terrestre no sul desde 30 de setembro.

Pelo menos 1.829 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais.

Simultaneamente, prossegue a ofensiva israelita contra o Hamas, aliado do Hezbollah, na Faixa de Gaza, que foi alvo de ataques durante a noite e que culminaram na morte de nove pessoas em Jabalia, no norte, e em Nousseirat, no centro, segundo o Ministério da Saúde local.

“A morgue do hospital de Al-Aqsa, em Deir el-Balah, no centro de Gaza, está cheia de cadáveres, na sua maioria crianças e mulheres”, afirmou um responsável do Ministério.

O exército israelita anunciou a morte de “dezenas de terroristas” em Jabalia e no centro de Gaza.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Lusa

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