Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

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Julgamento por corrupção do ex-presidente sul-africano Zuma adiado para agosto

O Tribunal Superior de Pietermaritzburg, sudeste da África do Sul, adiou hoje o julgamento do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, por suborno e alegada corrupção pública num caso de aquisição de armamento com mais de 20 anos.

O caso foi adiado para 01 de agosto, tendo em conta que o pedido de reconsideração apresentado pelo antigo chefe de Estado sul-africano ao presidente do Supremo Tribunal de Apelação (SCA, na sigla em inglês), Mandisa Maya, permanece inconclusivo, segundo o juiz Piet Koen.

“O adiamento é concedido, sendo que se o pedido tiver sido determinado até 01 de agosto de 2022, e se não for submetido nenhum pedido ao Tribunal Constitucional, o julgamento será retomado às 10:00 do dia 15 de agosto de 2022”, referiu o juiz sul-africano, citado na imprensa local.

Na decisão, o juiz adiantou que o aguardado julgamento de Zuma por corrupção no negócio público de armamento “continuará até 16 de setembro de 2022 e novamente de 07 de novembro de 2022 a 02 de dezembro de 2022”.

O juiz Koen ordenou também hoje que Zuma deve comparecer perante o tribunal em 15 de agosto, se o julgamento for retomado nessa data.

O ex-presidente da África do Sul, e antigo líder do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder desde 1994, está a ser julgado no caso de suborno e alegada corrupção pública na compra de armamento em 1999 pela África do Sul democrática pós-‘apartheid’.

O ex-presidente nega as acusações alegando ser alvo de uma “cabala política”.

Jacob Zuma, chefe de Estado entre 2009 e 2018, enfrenta 18 acusações relacionadas com o caso, incluindo fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão, no âmbito da compra de equipamento militar a cinco empresas de armamento europeias, em 1999, quando era vice-presidente de Thabo Mbeki.

O fabricante francês do setor da Defesa, Thales, enfrenta também acusações de corrupção e branqueamento de capitais. Tanto Zuma, como o grupo Thales sempre negaram as acusações.

Lusa

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