As eleições presidenciais e legislativas programadas no Mali para o início de 2022 podem ser adiadas por semanas ou meses, disse neste domingo (26) à AFP o primeiro-ministro Choguel Kokalla Maiga, ressaltando a importância de consultas credíveis.
“Elas acontecerão em 27 de fevereiro (conforme planejado originalmente) ou (poderão ser adiadas) duas semanas, dois meses, alguns meses. Diremos” durante as assembleias nacionais que vão ocorrer antes do final de outubro, afirmou.
“O principal para nós não é tanto realizá-las no dia 27 de fevereiro, mas sim que sejam eleições não contestadas”, acrescentou.
O calendário eleitoral do Mali, que prevê a realização de eleições presidenciais e legislativas no final de fevereiro ou início de março, “foi estabelecido com base nos requisitos da CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), sem levar em conta questões como as práticas a serem tomadas”, explicou Choguel Kokalla Maiga.
“Decidimos (…) reunir todas as forças durante as Assembleias Nacionais de Refundação que se realizarão no final de outubro”. A partir daí, “vamos apresentar uma agenda mais detalhada”, acrescentou ele durante sua entrevista à AFP.
“É melhor organizar eleições pacíficas, reconhecidas por todos, do que organizar eleições com disputas”, insistiu o primeiro-ministro.
“Decidimos ser pragmáticos, ser realistas. É muito importante ser realista na política, estar ligado à opinião pública nacional que hoje é a favor de eleições credíveis e pacíficas”, defendeu a autoridade, que assumiu o cargo em junho após um segundo golpe militar em menos de um ano.
AFP