Sexta-feira, 11 de Julho, 2025

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Ministro Victor Fernandes ausculta empresários de Benguela

O ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, auscultou nesta sexta-feira, no Lobito, província de Benguela, as inquietações de empresários locais, no quadro do processo de relançamento da economia na região.

Durante o encontro, vários intervenientes colocaram questões que,  a seu ver,  impedem tanto o processo de produção como o do comércio, causando embaraços ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

A responsável do Grupo Castel, Paula Neves, apontou a burocracia no processo de importação de matéria-prima para a fabricação da cerveja, nomeadamente o tipo de sal e de açúcar que não são fabricados no país.

Conforme Paula Neves, o “grande” obstáculo tem sido a  morosidade na validação do documento único para todos os regimes de importação, exportação e suspensivos (Dus) para submeter aos bancos.

Para Manuel Rodrigues, há terrenos disponíveis, há vontade de trabalhar, mas também há falta de meios para desbravar a terra.

Defendeu que é necessário a intervenção de máquinas do tipo “Buldozer” ou máquinas niveladoras para ajudar a nivelar terrenos acidentados, tendo em conta que  só os tractores agrícolas não são suficientes e correm  o risco de não resistirem por muito tempo.

“Há empresas como a Aerovia que têm um parque com  muitas máquinas paradas que poderiam ser recuperadas e aproveitadas para fazer este serviço”, desabafou.

O memso ponto de vista foi defendido pelo  empresário Carlos Pedro, que fez ainda uma abordagem sobre a flutuação do câmbio, dizendo que o capital investido no início do ano, apesar de crescer, não terá o mesmo valor no fim do ano em função da desvalorização da moeda.

Entre várias explicações, o ministro fez questão de recordar que as Reversas Internacionais Líquidas do país diminuíram significativamente enquanto durou a estabilidade do câmbio de 100 dólares americanos para 10 mil kwanzas.

“Foi um sacrifício do Estado e para travar esta tendência, o Banco Nacional de Angola decidiu que a moeda tivesse o valor do mercado”, explicou.

O ministro garantiu que o Executivo  está totalmente disponível para receber ideias e propostas dos empresários, para encontrar soluções, mas advertiu que os problemas serão resolvidos paulatinamente.

Victor Fernandes afirmou que a província de Benguela tem todas as condições para relançar a sua economia e o seu tecido empresarial.

Segundo dados da Direcção Provincial do Programa Económico Integrado, a província tem em carteira 296 projectos, 35 dos quais estão aprovados.

Dos 31 mil milhões de kwanzas destinados ao apoio ao empresariado, 18 mil já foram desembolsados para beneficiar operadores do comércio e distribuição, indústria alimentar e bebidas e também indústria transformadora.

A direcção controla 672 empresários do sector industrial e seis mil 379 do comércio, espalhados pelos municípios da província.

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