Os restos mortais do bispo emérito da Diocese de Benguela, Dom Óscar Braga, serão sepultados no próximo sábado, 30, no cemitério velho da Camunda, informou o bispo diocesano Dom António Francisco Jaka.
Dom Óscar Braga morreu princípio da noite desta terça-feira, no Hospital Geral de Benguela, aos 89 anos de idade, vítima de paragem cardíaca.
Segundo o bispo da diocese de Benguela, os restos mortais de Dom Óscar serão inicialmente sepultados no cemitério da Camunda e, posteriormente, transladados para a Igreja da Sé Catedral, onde repousa o primeiro bispo da diocese, Dom Armando Amaral dos Santos.
O prelado avançou que estão a tratar dos detalhes das exéquias, que, infelizmente, irão decorrer num momento difícil por conta da pandemia da covid-19, sendo necessário alinhar os pormenores necessários para garantir a segurança das pessoas.
Reagindo a morte de Dom Óscar braga, o bispo da Diocese de Viana, em Luanda, Dom Emílio Sumbelelo, o descreve como uma pessoa discreta consigo mesmo, humilde e que tudo fazia pelos outros.
A mesma opinião é comungada pelo Bispo da Diocese do Bié, Dom José Nambi, que diz ter sido um homem cuja dimensão descreve-se pelo seu dinamismo pastoral.
Já o arcebispo de Malanje, Dom Benedito Roberto, descreve Dom Óscar Braga como uma figura incontornável na vida eclesiástica, social e humana e um dos pilares da afirmação da igreja Católica em Angola
Considerou-o um sustentáculo do catolicismo no país, que sempre evidenciou a sua faceta de bispo modelo e exemplar
Por sua vez, o governo provincial de Malanje enaltece o engajamento de Dom Óscar Braga às causas humanitárias e o seu incentivo ao voluntariado, sendo o Escutismo um dos exemplos.
Perfil
Óscar Lino Lopes Fernandes Braga nasceu em Malanje, a 30 de Setembro de 1931. Entrou para o seminário já com o ensino superior e ordenou-se padre em 1964, sendo que dez anos depois foi ordenado Bispo, em Malanje.
Em 1975, assumiu a Diocese de Benguela até 2008, altura em que foi substituído por Dom Eugénio Dal Corso.
Ordenou mais de 300 padres. Nos seus 33 anos de missão episcopal, saíram três bispos da Diocese de Benguela: José Nambi, Mário Lukundi e Emílio Sumbelelo.
Foi o fundador, 1995, da Promoção da Mulher Angolana na Igreja Católica (Promaica) e do movimento do escutismo em Angola.