Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

O seu direito à informação, sem compromissos

Search
Close this search box.

Pesquisar

FAO anuncia 18,2 ME para segurança alimentar e subsistência em Moçambique

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou um plano de 20 milhões de dólares (18,2 milhões de euros) para segurança alimentar e subsistência face aos riscos da covid-19 em Moçambique.

“O plano está alinhado com o quadro de programação da FAO em Moçambique, abrange o período de maio de 2020 a abril de 2021 e tem um orçamento total de 20 milhões de dólares”, anuncia num relatório publicado na terça-feira.

A covid-19 “já está a provocar efeitos negativos significativos na rede de fornecimento de alimentos” e a FAO “está profundamente preocupada com o possível impacto do vírus” ao nível da “segurança alimentar e meios de subsistência, particularmente em contextos de alta vulnerabilidade, onde as populações já vivem crises alimentares, como em Moçambique”, alerta.

O prazo escolhido – maio de 2020 a abril de 2021 – “permitirá dar apoio imediato na estação fria [que arrancou], em intervenções paralelas nas culturas e noutras de preparação da época agrícola principal”, justifica a organização.

A incidência geográfica das intervenções “será analisada e ajustada à medida que a situação evoluir e novos dados estiverem disponíveis”.

Os principais objetivos da agência das Nações Unidas consistem em dar apoio com dados às decisões do Governo, garantir que há alimentos para distribuir, que a cadeia de fornecimento continua a funcionar e que os seus intervenientes estão livres de infeção pelo novo coronavírus.

“A FAO em Moçambique avaliou potenciais impactos do vírus no contexto local e desenvolveu um plano para manter a prestação de assistência crítica onde já existem altos níveis de necessidade, além de atender às novas carências emergentes dos efeitos da covid-19”, refere.

A organização reitera que “está claro o potencial para que a pandemia se torne numa tragédia humanitária complexa”, pelos “efeitos agravados na crise de saúde sobre populações altamente vulneráveis”.

“Em Moçambique, a covid-19 afetará as mesmas comunidades que mal se recuperaram de grandes choques recentes, como ciclones, secas, inundações e conflitos, que afetaram severamente a sua segurança alimentar e meios de subsistência”, conclui.

Moçambique tem 213 casos de infeção pelo novo coronavírus, um morto e 71 pessoas recuperadas.

O Governo deverá anunciar esta semana o próximos passos depois de decretado o estado de emergência a 01 de abril e prorrogado até 30 de maio – sendo que a Constituição permite mais duas prorrogações.

O país vive com várias restrições: espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.

Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos, é obrigatório o uso de máscaras na via pública, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.

Em África, há 3.478 mortos confirmados em mais de 116 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 346 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Quase 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

×
×

Cart