O presidente do conselho de administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, afirmou que a estatal angolana pretende manter as posições que detém na Galp Energia SGPS SA e no Banco Comercial Português (BCP), salientando que essas participações não fazem parte dos activos que a Sonangol pretende alienar para reforçar as suas finanças.

O segundo o responsável, em resposta por escrito as perguntas da Bloomberg, a Galp é uma empresa core e estratégica para a Sonangol.
“Em relação à Galp, no momento não há opção de venda. E por se tratar de uma empresa core é considerada estratégica para nossa holding”, disse Sebastião Martins.
A Sonangol detém uma participação indireta na Galp através da Amorim Energia, que detém 33% da petrolífera portuguesa. É também o segundo maior acionista do Banco Comercial Português SA, sediado em Lisboa, com uma participação de 19,5%.
A Sonangol, segunda maior empresa de produção de petróleo em África, registou em 2020 um prejuízo de 3 mil milhões dólares, grande parte, devido à queda do consumo do petróleo após bloqueios induzidos em todo o mundo para travar a pandemia do coronavírus.
A Sonangol está a alienar participações em blocos petrolíferos e outros ativos como parte de um processo de reestruturação que vai culminar com uma oferta pública inicial de ações até 2027.
A Sonangol já vendeu seis de um total de 56 ativos que pretende vender até ao final de 2022, disse Sebastião Martins.
Quanto ao seu investimento no BCP, Sebastião Martins afirmou que “a participação no BCP continua a ser de carácter estratégico apesar de ser um activo secundário.”
“A decisão de venda será sempre feita de acordo com os interesses do acionista da empresa, que actualmente é o Estado angolano”, disse.