Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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Presidente do Madagáscar diz que mundo não quer aceitar ‘Covid-Organic’ porque vem de África

O Presidente malgaxe, Andry Rajoelina, rejeitou as críticas à eficácia e os perigos do produto que apresenta como cura para o novo coronavírus, denunciando uma atitude condescendente em relação à medicina africana.

“Penso que o problema é que este produto vem de África e não querem aceitar que um país como Madagáscar tenha criado esta fórmula para salvar o mundo”, lamentou o chefe de Estado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu na quinta-feira os dirigentes africanos contra a tentação de promover e utilizar o chá malgaxe sem testes científicos, mas o seu principal promotor, Andry Rajoelina, reafirmou hoje a sua eficácia.

“A prova que podemos mostrar agora é obviamente a cura dos nossos doentes”, defendeu o chefe de Estado, sublinhando: “Não há mortes em Madagáscar neste momento” devido à covid-19.

Até à data, foram notificados 183 casos de infeção pelo novo coronavírus na Ilha Grande, incluindo 105 curas e nenhuma morte.

“Nada nos impedirá de avançar, nem um país nem uma organização”, insistiu Andry Rajoelina, em resposta aos avisos da OMS.

Questionado sobre a ausência de ensaios clínicos que confirmassem as virtudes do seu chá de ervas, Rajoelina recordou que este tinha “o estatuto de um remédio tradicional melhorado” e que, portanto, apenas exigia, antes de ser distribuído, uma “observação clínica de acordo com as indicações do guia desenvolvido pela OMS”.

“Respeitámos normas éticas universalmente reconhecidas para estudos clínicos e investigação”, disse o Presidente malgaxe, na sua residência.

“Esta é uma guerra (contra a covid-19), mas não é a força militar ou o poder económico que está em jogo agora, mas Deus”, reforçou Rajoelina.

“O Senhor deu-nos plantas medicinais para ajudar o nosso país e o mundo inteiro a combater esta doença” concluiu.

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