O subsector da agricultura familiar conta com um reforço de 150 milhões de dólares para aumentar a produtividade agrícola, no âmbito do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares, apresentado hoje, em Luanda.

Ao discursar no acto de lançamento, o ministro da Agricultura e Pescas, António Assis, sublinhou que o referido programa vai beneficiar, no total, 218 mil famílias, correspondendo a mais de 1 milhão de pessoas, sendo 66 mil famílias no Sul e 152 mil no Norte de Angola.
O grupo-alvo, disse, será composto por famílias de agricultores de baixa renda, membros de cooperativas e associações no norte, enquanto no sul o programa vai direccionar-se às famílias vulneráveis a choques climáticos para a transição da recuperação para resiliência.
“Estão previstas intervenções em estradas terciárias, sistemas de rega e mercados rurais, sessões de treinamento em extensão, assistência técnica e concessão de subsídios aos subprojectos de produção agrícola e animal”, destacou o ministro da Agricultura e Pescas.
Adiantou que inclui igualmente uma componente de capacitação e desenvolvimento institucional, que contempla a formação de formadores das escolas de campo e apoio ao Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), a construção e reabilitação de escritórios, fornecimento de meios de transporte e meios de trabalho.
Segundo o mesmo, o projecto contribuirá na transformação sustentável e inclusiva da agricultura familiar, tendo como finalidade aumentar rendimentos, melhorar a segurança alimentar e nutricional, contribuir para a diversificação da economia e criação de empregos no meio rural.
Já o director-geral do IDA, David Tunga, adiantou que o projecto vai cobrir 35 municípios de 7 províncias, nomeadamente Bengo, Zaire, Uíge, Cuanza Norte, Benguela, Cunene e Namibe, com primazia às zonas agro-ecológicas (zonas ecológicas áridas, semi áridas e subhúmidas).
Fez saber que o Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares, financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) vai permitir ter infra-estruturas rurais para construir resiliência e aumentar a produtividade.
“Vai viabilizar também o acesso, ao mercado, de 40 mil agregados familiares, assim como às infra-estruturas hídricas, terrestres e rodoviárias”, anteviu David Tunga, avançando que o país tem nesta altura 3 milhões de famílias a trabalharem na agricultura de subsistência.
O Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares vai ser implementado em 6 anos.
O mesmo surge para o fortalecimento da capacidade dos comprometidos com agricultura familiar, através de investimento na agricultura familiar, assim como nas infra-estruturas rurais públicas.