O sector de saúde na província da Huíla prevê potenciar as brigadas municipais de luta anti-vectorial, os laboratórios e acabar com locais propensos a criação de mosquitos para combater o surto de malária.
A província registou, só no primeiro trimestre deste ano, 101 mil e 224 casos de malária que resultaram em 461 óbitos.
Tal situação criou alerta às autoridades que convocaram, imediatamente, um encontro provincial, terça-feira, para definir estratégias e travar a marcha da epidemia.
Em entrevista à Angop, hoje, quarta-feira, a directora provincial da saúde, Luciana Guimarães, afirmou estar em curso um programa de reforço em fármacos às unidades municipais, aquisição de biolarvicida para fumigação e tratamento de criadouros do insecto.
Desenvolvem-se ainda acções como a actuação em blocos das brigadas de luta anti-vectorial para aumentar o impacto e obter melhores resultados.
Fez saber que o gabinete está igualmente a promover formações regionalizadas de médicos e enfermeiros em matéria de manuseio da malária simples e grave, capacitar técnicos de laboratórios em microscopia seriada da malária, assim como garantir medicamentos em quantidade, de acordo com o perfil epidemiológico de cada município.
Informou que o gabinete da saúde está a equipar os laboratórios com meios tecnológicos e reagentes para o diagnóstico de qualidade, bem como impor o cumprimento escrupuloso do protocolo nacional de tratamento da malária para melhorar a gestão de casos.
Luciana Guimarães frisou que a estratégia passa também por massificar o rastreio nutricional à volta das unidades satélites, formação em triagem nutricional na comunidade, monitorar a tendência das doenças respiratórias e quebrar a cadeia de contágio e controlar o foco da doença.
Com a excepção de Gambos, Humpata e Chibia (zona verde), assim como o Lubango (zona amarela) todos os restantes municípios são de zonas vermelhas quanto a prevalência da malária.
Estão actualmente mapeadas três zonas específicas, nomeadamente a região hipo endémica, que compreende os municípios dos Gambos, Chibia e Humpata; zona mezo endémica (Lubango, Cacula, Quilenfgues, Caluquembe e Caconda) e hiper endémica (Quipungo, Chicomba, Matala, Cuvango, Jamba e Chipindo).