Um homem negro foi morto na segunda-feira (31) em Los Angeles pela polícia, que afirma que ele tinha uma arma mas que jogou fora durante a operação, em um clima geral de tensão e desconfiança em relação às forças de ordem, após vários casos de violência policial contra afro-americanos.
De “cerca de trinta anos”, o homem andava de bicicleta na tarde de segunda-feira quando polícias tentaram prendê-lo por uma infração de trânsito, disse em conferência de imprensa o tenente Brandon Dean do gabinete do xerife do condado de Los Angeles.
Segundo as autoridades, o homem “fugiu correndo” deixando sua bicicleta para trás e, quando os polícias conseguiram prendê-lo, ele acertou um deles no rosto. Nesse momento, deixou cair várias peças de roupa que carregava consigo.
“Os polícias notaram que dentro da pilha de roupas havia uma pistola semiautomática preta”, acrescentou Dean.
Esse foi o momento em que os agentes dispararam. O homem, alvejado por várias balas, morreu no local.
As autoridades não especificaram se o homem estava procurando sua arma quando recebeu os disparos. Dean informou que foi aberta uma investigação sobre o caso.
Segundo a imprensa local, quase 100 pessoas se reuniram no local na noite de segunda-feira para exigir justiça.
Os Estados Unidos têm sido palco de uma onda de protestos antirracistas após a morte de George Floyd em maio, um homem negro sufocado pelos joelhos de um polícia branco em Minneapolis. As manifestações voltaram a ganhar força na semana passada depois que outro polícia branco disparou sete vezes à queima-roupa contra um homem negro, Jacob Blake, em Kenosha, Wisconsin.
O presidente Donald Trump, que nesta terça-feira (1o) visita essa pequena cidade, não planeja encontrar a família de Jacob Blake, que ficou paraplégico por esse novo aparente caso de abuso policial.

