Trabalhadores da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Bengo (EPAS) voltaram a paralisar, pela terceira vez, os trabalhos, por tempo indeterminado, devido a falta de pagamento de sete meses de salário.
Com isso, a cidade de Caxito encontra-se privada do abastecimento de água potável desde segunda-feira (29 de Junho).
Os trabalhadores da EPAS Bengo exigem o pagamento do salário acumulado de sete meses, assim como equipamentos de protecção individual e a assinatura de contratos.
Em declarações à imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da EPAS Bengo, Carlos Gomes, disse que tem estado a trabalhar com o Ministério das Finanças e o da Energia e Águas para solucionar essa situação.
Carlos Gomes pediu a compreensão dos trabalhadores e lembrou que o país está a viver um período de Estado de Calamidade Pública, o que impede a realização de greves e a privação dos consumidores do abastecimento regular de água potável.
Em Junho, o secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa, reuniu-se em Caxito com os trabalhadores e o conselho de administração da EPAS Bengo e recomendou que a cobrança do consumo de água seja efectiva, para produzir receitas para a empresa.
Na altura, o secretário de Estado das Águas disse que essas receitas vão permitir que se pague os salários com regularidade, o que evitaria as constantes reivindicações dos trabalhadores.
Reiterou que o desafio actual é fazer que a massa salarial da EPAS Bengo possa ser coberta pelas receitas, tendo pedido a todos envolvidos (conselho de administração e trabalhadores) uma mudança de atitude, primando pela busca de mais-valias para a empresa.
A EPAS no Bengo foi constituída há três anos e tem uma produção a volta dos seis mil metros cúbicos de água/dia.