A tarifa dos transportes públicos coletivos urbanos em Angola vai aumentar a partir desta segunda-feira, 7 de julho, na sequência do mais recente reajuste no preço do gasóleo, anunciou esta quinta-feira a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo um comunicado da ANTT citado pela agência Lusa, a nova tarifa dos táxis coletivos, vulgarmente conhecidos como candongueiros, passará a ser de 300 kwanzas por viagem (cerca de 0,28 euros), enquanto o preço das viagens nos autocarros urbanos subirá para 200 kwanzas (cerca de 0,19 euros).
O reajuste surge após o aumento do preço do gasóleo, que entrou em vigor hoje, 4 de julho, e elevou o custo por litro de 300 para 400 kwanzas (de 0,28 para 0,37 euros), no âmbito da política governamental de retirada progressiva dos subsídios aos combustíveis.
Para os serviços intermunicipais, as novas tarifas serão definidas pelas autoridades locais, que deverão considerar os critérios técnicos e operacionais de cada rota.
A atualização dos preços baseia-se no Decreto Executivo Conjunto n.º 81/23 e no Decreto Presidencial n.º 283/20, que estabelecem um sistema de ajustamento tarifário flexível, com base na paridade de importação e exportação, segundo esclareceu a ANTT.
A agência reguladora acrescenta que as tarifas só serão alteradas quando os reajustes dos preços dos combustíveis ultrapassarem os valores de referência considerados no cálculo, de forma a preservar alguma estabilidade para os utentes.
A ANTT sublinha que o aumento tem como objetivo assegurar o equilíbrio operacional das empresas de transporte e garantir a continuidade dos serviços públicos prestados à população. Apela ainda à compreensão dos cidadãos, tendo em conta o contexto económico nacional e global.
Desde o início da remoção dos subsídios em 2023, o preço do gasóleo quase triplicou, passando de 135 para 400 kwanzas por litro, representando um aumento de cerca de 200%.
O Executivo angolano estima que a eliminação das subvenções aos combustíveis permitirá uma poupança anual de 400 mil milhões de kwanzas (cerca de 372 milhões de euros), que deverá ser canalizada para áreas prioritárias como saúde, educação e infraestruturas.
Lusa