O barril de petróleo Brent iniciou a sessão desta segunda-feira, 26 de Maio, a ser negociado a 65,04 dólares no mercado internacional, representando uma valorização de 0,4% em relação à sessão anterior.

A subida ocorre num contexto de alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a prorrogação do prazo para negociações comerciais até Julho.
A medida foi bem recebida pelos mercados, uma vez que reduz, a curto prazo, o risco de imposição de tarifas que poderiam impactar negativamente o comércio global e, por consequência, a procura por petróleo. A decisão de Trump representa um gesto de abertura para o diálogo, que poderá ajudar a estabilizar os fluxos comerciais entre dois dos maiores blocos económicos do mundo.
Paralelamente, os preços do crude também são influenciados pela expectativa de um novo aumento na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). O grupo planeia elevar a produção em cerca de 411 mil barris por dia a partir de Julho, como parte do processo gradual de reversão dos cortes voluntários aplicados nos últimos meses para equilibrar o mercado.
Apesar da actual valorização, o preço do Brent ainda regista uma queda acumulada de cerca de 13% desde o início do ano, reflexo das flutuações provocadas por incertezas económicas, políticas monetárias restritivas em várias economias e oscilações na procura global de energia.
De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, a previsão para o preço médio do Brent em 2025 mantém-se em torno dos 74 dólares por barril, embora os analistas alertem que o mercado continuará volátil, à mercê de factores geopolíticos e decisões estratégicas da OPEP+.
O mercado petrolífero permanece atento à evolução das negociações internacionais e às futuras decisões do cartel, que poderão moldar a trajectória dos preços do crude nos próximos meses.