Quarta-feira, 2 de Julho, 2025

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Crise no setor da educação na Huíla exige reformas urgentes, admite ministra Luísa Grilo

A ministra da Educação, Luísa Grilo, reconheceu a gravidade da crise no setor educativo na província da Huíla, durante um encontro em que foram apresentados diversos constrangimentos que afectam o normal funcionamento das escolas da região.

Entre os principais problemas evidenciados, destacam-se a falta de carteiras, professores, merendas escolares e até mesmo de salas de aula, um cenário recorrente em quase todos os municípios da província. A estas carências somam-se a ausência de professores nos seus postos de trabalho, bem como a falta de pagamento de ordens de saque, que tem prejudicado a regularidade do fornecimento de materiais escolares.

De acordo com dados apresentados, o Gabinete Provincial da Educação da Huíla dispõe de um orçamento de cerca de 680 milhões de kwanzas em bens e serviços, dos quais 580 milhões representam dívidas liquidadas mas ainda não pagas. Esta situação tem gerado sérias dificuldades junto dos fornecedores, que já demonstram incapacidade de continuar a assegurar materiais para as escolas. Como consequência directa, o processo de exames está comprometido pela escassez de papel e outros materiais essenciais.

A ministra Luísa Grilo, após ouvir os responsáveis locais, prometeu acções concretas e imediatas, exigindo recadastramento rigoroso dos funcionários, para excluir da folha de pagamento pessoas que não trabalham efectivamente no sector.

A governante anunciou ainda mudanças urgentes no tradicional programa de merenda escolar, defendendo a substituição do actual modelo – baseado em bolachas e sumos – por refeições quentes, mais nutritivas e adequadas às necessidades das crianças. Os recursos para este fim, assegurou, serão atribuídos directamente aos administradores municipais.

Além disso, o Ministério da Educação está a trabalhar para que os administradores locais passem a dispor de verbas específicas para a manutenção das escolas primárias e centros infantis.

“São investimentos que irão virar a página do setor da educação”, garantiu Luísa Grilo, sublinhando que a qualidade do ensino está directamente ligada à valorização dos professores, melhoria das infraestruturas e eficiência da gestão orçamental.

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