Ana da Silva Miguel, conhecida como Neth Nahara, foi detida na terça-feira na província de Icolo e Bengo. A influenciadora digital enfrenta acusações de invasão de propriedade e apropriação ilícita de uma arca, segundo informações da Polícia Nacional.
O intendente Quintino Ferreira, porta-voz da Direção de Investigação de Ilícitos Penais, citaddo pela Angop, informou que Neth Nahara e uma amiga são também acusadas de ameaças, danos ao imóvel, roubo de uma arca e de 80 mil kwanzas. A detenção foi motivada por queixas da proprietária de um imóvel localizado na vila Cativa, próxima da Centralidade do Sequele.
Esta ocorrência sucede após Neth Nahara ter sido libertada em 1 de janeiro de 2025, beneficiando de um indulto presidencial concedido por ocasião dos 50 anos de independência nacional, que será celebrado a 11 de novembro deste ano, e das festividades de final de ano.
A influenciadora foi inicialmente condenada a 14 de agosto de 2023 a seis meses de prisão e ao pagamento de 100 mil kwanzas de taxa de justiça por crime de ultraje. No entanto, o Tribunal da Relação de Luanda, em resposta a um recurso do Ministério Público, agravou a pena para dois anos de prisão efetiva e uma indemnização de um milhão de kwanzas ao Presidente da República, João Lourenço, por danos não patrimoniais.
O acórdão, datado de 27 de setembro de 2023, cita que Neth Nahara utilizou a sua conta no TikTok para criticar a governação do Presidente, acusando-o de relações com estrangeiros e de promover “anarquia e desorganização”. A influenciadora também teceu comentários depreciativos sobre questões como a falta de escolas, habitações e empregos no país. Num dos trechos, afirmou: “Se a Neth morrer, é o sistema angolano e dos brancos, aqueles loirinhos de olhos azuis, estes mesmos é que são diabinhos”.