Angola está intensificando a luta contra a exploração ilegal de diamantes, o branqueamento de capitais e o envolvimento de crianças em atividades extrativas, conforme afirmou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo. Durante um encontro com o presidente do Processo Kimberly (PK), Ahmed Bin Sulayern, o ministro destacou a necessidade de valorizar os diamantes naturais, especialmente num contexto de crescente oferta de pedras sintéticas.
O governante sublinhou a importância de proteger o meio ambiente e as comunidades circunvizinhas aos projetos diamantíferos, além de combater a imigração ilegal. Ele também anunciou a implementação de um sistema de rastreabilidade dos diamantes, que visa manter os preços em níveis que garantam a rentabilidade da exploração.
Diamantino de Azevedo reafirmou que o Executivo continuará a defender a salvaguarda dos diamantes naturais, tendo em vista o potencial de Angola no mercado mundial. No encontro, foram discutidos temas como a formação de técnicos angolanos em exploração, produção, corte e polimento de diamantes, assim como a certificação deste recurso e as sanções internacionais aos diamantes russos impostas pelo G7.
Luanda está a receber, desde ontem e até hoje, a reunião do Comité “Ad Hoc” de Revisão e Reforma do Processo Kimberly. O objetivo é rever o conceito de diamantes em conflito e os regulamentos do PK, além de oferecer assistência técnica às comunidades adjacentes às áreas de exploração. A plenária deste mecanismo das Nações Unidas, estabelecido há 21 anos para evitar o comércio de diamantes de guerra, está agendada para ocorrer de 11 a 15 de novembro nos Emirados Árabes Unidos.
Angop