Angola deu mais um passo importante rumo à transparência na indústria extrativa com a apresentação nesta quinta-feira do segundo relatório no quadro da Iniciativa de Transparência na Indústria Extrativa (EITI, sigla em inglês ), referente ao ano de 2022. O secretário de Estado para os Petróleos e Gás, José Barroso, destacou a importância da adesão de Angola à iniciativa, que envolve o governo, empresas e a sociedade civil em prol da harmonização e transparência da informação financeira. O relatório visa demonstrar o compromisso do país com as melhores práticas de governação e gestão, o que impacta diretamente na melhoria do ambiente de negócios e na atração de investidores.
A apresentação das contas públicas e das empresas envolvidas na indústria extrativa é essencial para conquistar a confiança de potenciais financiadores e investidores. O relatório destaca que, no setor petrolífero, foi arrecadado um total de 860,5 mil milhões Kz em impostos, com o modelo ensaiado pela Total Energies. No setor mineiro, com a aplicação do modelo da Catoca, o valor apurado foi de 60 mil milhões Kz.
José Barroso, que representou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, lembrou que este é o segundo relatório da EITI em Angola, coincidindo com a primeira avaliação do país como implementador da iniciativa. A equipe internacional de validação da EITI estará em Luanda de 25 a 28 de novembro para verificar o compromisso das partes interessadas com a implementação da transparência. O resultado dessa avaliação deverá ser conhecido até março de 2025.
Atualmente, mais de 50 países adotam a EITI como referência na gestão transparente dos recursos minerais.
