Os preços do petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira (8), devido à falta de um ataque israelita contra o Irão, uma perspectiva que havia alimentado os preços nos últimos dias.
Somou-se, ainda, uma certa desilusão com a reativação da China. Nesse contexto, o barril do Brent do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, fechou em baixa de 4,63%, a 77,18 dólares, e o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro recuou 4,63%, para 73,57 dólares.
“Os riscos vinculados ao Médio Oriente aumentaram” nos últimos dias, “em particular com a perspectiva de um possível ataque contra instalações petrolíferas” iranianas, lembrou Bart Melek, da TD Securities. “Mas, por enquanto, nada aconteceu, e o prêmio de risco minguou”, explicou.
Uma semana depois de disparar quase 200 mísseis contra Israel, o Irão não sofreu represálias israelitas diretas. “Tenho a impressão de que tentarão ser precisos, limitar os danos colaterais”, especulou Mark Waggoner, da Excel Futures.”Israel não quer uma guerra total, ninguém quer”, insistiu o analista.
Para Bart Melek, o mercado reagiu negativamente aos dados da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reformas (NDRC) da China, nesta terça-feira.
“O mercado se decepcionou ao ver que a China não anunciou novas medidas de apoio” à economia, observaram analistas da Brown Brothers Harriman. As poucas iniciativas apresentadas nesta terça-feira “não deveriam ter um efeito significativo na economia real”, acrescentaram em nota.
“Enquanto não virmos as importações chinesas de petróleo aumentarem, não haverá nada tangível”, advertiu Mark Waggoner.
AFP