A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) realiza hoje, em Harare, Zimbabué, uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo para analisar a situação de segurança na região. No centro das discussões estarão os protestos pós-eleitorais em Moçambique, que têm gerado instabilidade política e social no país.
A cimeira será presidida pelo Presidente anfitrião, Emmerson Mnangagwa, e tem como objetivo principal “a atualização da situação política e de segurança nos países membros”. Segundo um comunicado de imprensa divulgado pela organização, o encontro reflete a função essencial da cimeira da SADC como “o órgão responsável pela orientação política global e pelo controlo do funcionamento da comunidade, sendo em última análise responsável pela formulação de políticas da organização”.
Apesar da relevância do encontro, os presidentes de Angola, João Lourenço, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, não estarão presentes, pois estão a participar na cimeira do G20.
Os líderes regionais presentes demonstram preocupação com a escalada de tensões após as eleições em Moçambique, que levaram a protestos em várias cidades, envolvendo alegações de fraude e repressão. Além disso, o quadro geral de segurança na região, incluindo as operações contra grupos armados na República Democrática do Congo e o combate ao extremismo no norte de Moçambique, também estará em debate.
Espera-se que as decisões tomadas na cimeira reforcem os mecanismos de cooperação regional e ofereçam orientações claras para resolver os desafios de segurança enfrentados pelos países da SADC.