A Polícia Nacional de Angola (PNA), em coordenação com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), desmantelou uma rede de exploração ilegal de quartzo no Cuanza Sul, resultando na apreensão de 14 camiões e na detenção de 19 indivíduos, entre nacionais e estrangeiros. As operações ocorreram nos municípios de Seles e Coma, áreas ricas em reservas de quartzo, um mineral essencial para a produção de vidro e placas solares.
O quartzo, um dos minerais mais abundantes na Terra, está sendo extraído ilegalmente em Angola, onde existem significativas reservas. A exploração clandestina tem sido uma preocupação crescente, pois muitos volumes do minério são retirados sem as devidas autorizações e transportados de forma ilegal para outras regiões do país, como Luanda. As autoridades destacaram que essa prática vai contra o decreto executivo que proíbe tal exploração sem as devidas licenças de prospeção.
Durante a operação, as autoridades também apreenderam 140 toneladas de quartzo que estavam sendo transportadas sem documentação adequada. Os detidos, incluindo três cidadãos de nacionalidade chinesa, estavam envolvidos na exploração ilegal e no transporte do mineral sem os devidos títulos de exploração. Além disso, constatou-se que alguns expatriados estavam a trabalhar para empresas sem o vínculo contratual exigido por lei.
Paralelamente, as autoridades desmantelaram uma operação relacionada com a mineração ilegal de criptomoedas, atividade favorita entre grupos de origem chinesa. Foram apreendidos 15 indivíduos, a maioria chineses, juntamente com equipamentos eletrónicos utilizados para a mineração de criptomoedas. Esta operação ocorreu em diversas localidades do Cuanza Sul, incluindo Sumbe e Kibala.
A Polícia Nacional continua a intensificar os seus esforços para combater a exploração ilegal de recursos minerais no país, e as operações recentes representam um passo significativo na luta contra o tráfico e a extração ilícita de quartzo, protegendo assim as riquezas naturais de Angola.