Mbanza Congo – A falta de especialidades médicas no Hospital Geral do Zaire tem levado muitos angolanos a buscarem tratamento em países vizinhos, como a República Democrática do Congo. Diante dessa realidade, o governo angolano está a investir na construção de um novo hospital de terceiro nível na região, com o objetivo de oferecer serviços de saúde mais completos e reduzir a necessidade de viagens para o exterior.
A reportagem da TPA revela o drama de famílias que precisam arcar com altos custos para tratar doenças simples, como uma fratura no braço, em outros países. A falta de especialidades como neurologia, dermatologia e nefrologia no Hospital Geral do Zaire obriga muitos pacientes a buscar atendimento em clínicas privadas ou em hospitais de outros países, gerando um grande impacto financeiro para as famílias.
O médico João Lando Bamba destaca a necessidade de fortalecer as especialidades de neurologia, neurocirurgia, dermatologia, otorrinolaringologia, nefrologia, urologia e hematologia no Hospital Geral do Zaire. A anemia falciforme, uma doença comum na população negra, é um exemplo de condição que exige acompanhamento especializado em hematologia.
Para atender a essa demanda, o governo angolano está a construir um novo hospital de terceiro nível em Mbanza Congo, com capacidade para oferecer uma ampla gama de serviços, incluindo diagnóstico centralizado, cuidados intensivos para adultos e pediátricos, hemodiálise, endoscopia e reabilitação. A nova unidade hospitalar, avaliada em mais de 80 milhões de euros, terá capacidade para realizar cirurgias complexas e atender a um grande número de pacientes.
Recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, efetuou uma visita de trabalha a província do Zaire, e um dos pontos da sua agenda de trabalho na província foi a visita efetuada às obras do futuro Hospital do Zaire, onde constatou em loco o nível de execução da obra.
Com a conclusão das obras, prevista para 2025, os moradores do Zaire terão acesso a serviços de saúde de alta qualidade, sem a necessidade de se deslocarem para outras províncias ou países. A nova infraestrutura também deverá contribuir para a criação de novos empregos e o desenvolvimento da região.