A UNITA reafirmou hoje, no Huambo, a intenção de implementar as autarquias locais, em 2023, caso ganhe as eleições de 24 de Agosto próximo.
Ao falar num comício, o seu candidato a Presidente da República, Adalberto Costa Júnior, sublinhou a necessidade de se promover maior desconcentração e descentralização da administração pública, para dar solução célere aos principais problemas do país, por considerar a autonomia um factor importante para o desenvolvimento das comunidades.
Dar poder ao cidadão, sobretudo na fiscalização das políticas públicas, mediante a prestação regular de contas, é também objectivo que leva a UNITA a centrar-se na efectivação das autarquias, no primeiro ano da sua governação, se vencer o pleito, enfatizou Adalberto Costa Júnior.
Outro propósito do projecto da UNITA passa pela revisão da actual Constituição da República de Angola, com a introdução, entre outros elementos, de um sistema que permita a eleição do Presidente e dos deputados à Assembleia Nacional, de forma separada.
A institucionalização de um tribunal eleitoral, com competências específicas, para conferir maior transparência e lisura a processos eleitorais faz igualmente parte do projecto de reforma de Estado, de acordo com o cabeça-de-lista da UNITA, que apresentou o manifesto no Huambo, depois das províncias de Benguela, Huíla e Cunene.
A UNITA é um dos oito concorrentes ao pleito de 24 de Agosto próximo, para o qual estão registados 14 milhões 399 mil eleitores.
No Huambo estão registados um milhão 103 mil 828 eleitores, que votam em mil e 15 assembleias e mil 973 mesas.
Nas eleições de 2017, a UNITA elegeu dois deputados, dos cinco possíveis, pelo círculo provincial do Huambo, ao obter 213 mil 860 votos, equivalentes a 35,79 por cento.
Concorrem às eleições, além da UNITA, o MPLA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a CASA-CE.
Angop