O Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Huíla e a sua congénere de Cabinda desmantelaram um grupo de supostos burladores de dinheiro, com recurso ao aplicativo tecnológico Multicaixa Express, em contas bancárias particulares.
O grupo é de Cabinda e foi detido naquela cidade, tendo sido trazido sob custódia para o Lubango, onde está a maior parte de suas vítimas. Com idades entre os 20 e 32 anos, os suspeitos foram apresentados hoje, terça-feira, publicamente, na capital da Huíla.
Trata-se de três cidadãos, naturais e residentes em Cabinda, que em Março deste ano, usando de artimanhas, movimentaram da conta de um cidadão, que vive no Lubango a quantia de sete milhões de Kwanzas, mediante tal aplicativo e transferidos para a conta de um dos implicados.
Em declarações à ANGOP, o chefe do departamento de estudos, planeamento, informação e análise do SIC da Huíla, superintendente-chefe José Augusto Miúdo, disse que a detenção foi possível graças a uma denúncia anónima e a pronta colaboração com a congénere de Cabinda.
Detalhou que, em interrogatório, os infratores admitiram que lançam aplicativos nas redes sociais e passam-se por funcionários de empresas de manutenção, sendo que as vítimas ao aderi-los fornecem dados pessoais, incluindo determinantes bancários (PIN e IBAN) e a partir daí conseguem, através do Multicaixa Expesso, movimentar as contas.
Destacou que com o valor subtraído, os três suspeitos adquiriram bens, como motorizadas, telemóveis de alto padrão, televisores plasma e outros, que já foram apreendidos pelo SIC.
Entretanto, um dos acusados, por sinal o “cabecilha” do grupo, revelou ter sido a primeira vez que experiência “deu certo”, pois vinham tentando já há algum tempo, através de postes nas redes sociais com informações enganosas.
Angop
