O Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR) procedeu, ontem, em Moçâmedes, à apreensão de um edifício comercial, construído com fundos públicos.

A apreensão foi feita no quadro do combate à corrupção e no seguimento da “Operação Caranguejo”, iniciada na sequência da detenção, em Luanda, de um major da Casa de Segurança do Presidente da República, encontrado com elevadas somas em euros, dólares e kwanzas.
De acordo com o Jornal de Angola, “na operação de ontem, em Moçâmedes, província do Namibe, foi apreendido o estabelecimento comercial G & L e filhos, LDA, propriedade de Gomes Tchity Jerónimo Livongue e Pedro Lussaty. O empreendimento tinha como sócios Narciso Rufino e Gonilde Livongue Sombrero Jerónimo”.
O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) no Namibe, José Lolina, citado pelo JA, adiantou que cinco dos oito compartimentos do estabelecimento comercial estavam arrendados a terceiros. Sublinhou que, com a apreensão, os arrendatários deixaram de ter vínculo com a antiga gestão, passando a prestar contas ao Cofre de Justiça, fiel depositário.
A apreensão do edifício em causa foi feita por uma comissão integrada por representantes da PGR, SIC, Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) e FAA.