O Ministério da Juventude e Desportos (Minjud) descartou, nesta terça-feira, em Luanda, a possibilidade de o Governo subvencionar os testes da Covid-19 dos agentes desportivos, intenção manifestada por clubes e federações em função dos custos elevados.
Em conferência de imprensa de apresentação do Regimento Sanitário Desportivo, no âmbito da retoma das actividades federadas, o director do Centro Nacional de Medicina, João Molima, afirmou que os testes são de inteira responsabilidade das instituições envolvidas.
Citou as federações nacionais, associações, clubes e profissionais da comunicação social.
Lembrou que a autorização da retoma das actividades restringe-se ao regime de alta competição, mediante a observância das medidas de biossegurança.
João Molima referiu que os testes obrigatórios, a cargo dos organismos de tutela, deverão ser realizados 72 horas antes das competições.
Anunciou igualmente a obrigatoriedade de teste antes dos treinos para assegurar o real estado de saúde dos atletas e demais integrantes no recinto.
Lembrou que, apesar das actividades desportivas serem autorizadas pelo Executivo, podem ser alteradas em função da evolução do quadro da pandemia no país.
Neste sentido, apelou ao cumprimento restrito das medidas contidas no documento, cuja elaboração contou com a contribuição de vários agentes desportivos e outras instituições do Estado.
O Regimento Sanitário Desportivo prevê, numa primeira fase, o retomar das actividades nas modalidades de baixo e moderado risco, como atletismo, xadrez, natação, ténis, tiro, golfe, futebol, basquetebol e andebol.
De igual modo, orienta os órgãos de comunicação social no sentido de limitarem o número de profissionais durante a cobertura dos eventos, estando ainda sujeitos aos testes da Covid-19.
Durante o encontro, decorrido na Galeria dos Desportos, no Complexo da Cidadela, os agentes apresentaram preocupações inerentes ao documento, com principal incidência para o valor e capacidade financeira dos clubes para custear os testes da Covid-19.
Segundo dados actualizados, Angola contabiliza 7. 829 casos positivos, com 248 óbitos, 3. 031 recuperados e 4.450 activos.
Dos activos, nove estão em estado crítico com ventilação mecânica invasiva, 20 graves, 108 moderados, 443 apresentam sintomas leves e 3.971 assintomáticos.
Sob cuidados médicos nos centros de tratamento do país, estão 576 doentes.