A crítica situação económica e financeira que o país vive impede a admissão de membros para colmatar o défice de efectivo que as unidades da Policia Nacional enfrentam, disse hoje, no Luena, província do Moxico, o comandante-geral da corporação, Paulo de Almeida.
Ao falar à imprensa, no termo da visita de 48 horas a esta província, o comissário-geral considerou o défice de efectivo, sobretudo nos postos fronteiriços, como sendo o “calcanhar de aguilhes” que a corporação enfrenta.
“Há orientações concretas, precisas e autorização do governo para que nos próximos tempos possamos enquadrar pessoal na polícia”, anunciou, explicando que a admissão está condicionada ao estado e o melhoramento da situação económica e financeira do país.
Esclareceu que o défice do efectivo da polícia em todo país é agravado pelo facto de a maioria do pessoal já estar com uma certa idade da fase de renovação por velhice, e que o Estado está a trabalhar para mudança dessa geração.
Acrescentou que o mesmo motivo (falta de dinheiro) dificulta igualmente a aquisição de viaturas e outros meios necessários para acomodação do efectivo estacionado nos postos fronteiriços desta província.
Caso haja capacidade financeira, referiu, os problemas que afectam a corporação serão resolvidos.
Quanto à visita, reconheceu que as vias de comunicação desta província estão extremamente degradadas e não há viatura que resista muito tempo a circular nessas condições.
Disse estar esperançoso face os esforços do trabalho que está a ser feito, baseado nas orientações do governo, o que poderá superar determinadas situações nos próximos tempos.
Exortou, na ocasião, o efectivo da corporação para continuar com a firmeza, moral e dedicação, por quanto o seu trabalho e desempenho será factor preponderante para ultrapassar e vencer as dificuldades que o país vive.
Uma vez que o factor desenvolvimento depende também da segurança, apelou todos os membros da Polícia Nacional, a garantir a ordem e tranquilidade públicas na região.
Ao lamentar as condições de trabalho inadequadas em que funcionam as forças policiais, mostrou – se satisfeito com o estado de prontidão e moral que as mesmas apresentam, apelando para se adaptar a realidade concreta do país.
Durante a sua permanência no Moxico, Paulo de Almeida, que também visitou os municípios do Alto Zambeze e Luau, transmitiu ao efectivo a actual situação que o país enfrenta e as principais orientações em termos de organização e funcionamento da corporação.