Um agente da Polícia Nacional (PN), no município de Quipungo, na Huíla, está a ser acusado de ter torturado um cidadão proveniente de Luanda, por alegada violação da cerca sanitária, que aquela província vive por conta da Covid-19.
O caso, que teria acontecido no fim-de-semana, na localidade de Tchindubili, município de Quipungo, já é do domínio das autoridades locais.
António Manuel, que se instalou em Tchindubili, denunciou que quando estava a ser espancado o agente chegou a fazer um disparo que não o atingiu.
A suposta vítima admitiu que a sua residência está fixada em Luanda, mas que a Situação de Calamidade Pública o encontrou na província do Huambo.
Explicou que por razões pessoais deslocou-se ao município do Quipungo.
Por sua vez, a administradora municipal da circunscrição, Amélia Diogo Casimiro, afirmou ter conhecimento da situação, mas disse ser importante que os cidadãos cumpram escrupulosamente com aquilo que a lei prevê sobre a prevenção e combate à Covid-19.
“Nós temos de facto muitos jovens em Luanda e alguns tiveram até uma oportunidade de sair, no momento que se anunciou a abertura, e outros não conseguiram. Agora estão a sair sob todos os riscos, colocando em perigo a sua própria vida, de seus familiares e não só”, aludiu.
Uma fonte do comando municipal da polícia de Quipungo fez saber à Angop que está aberto um inquérito para se aferir o grau de envolvimento de seu agente no caso.