Domingo, 29 de Junho, 2025

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Moradores da rua dos Índios queixam-se da demora dos resultados

Os moradores da rua Tomás José Marques “Índios”, na cidade de Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte, reclamam do tempo de confinamento.

A rua em causa está sob cerca sanitária desde o dia 18 de Junho, devido ao registo de casos da covid-19 na zona.

O Cuanza Norte conta, actualmente, com 10 casos positivos da covid-19, sendo nove activos e um óbito.

Na sequência dos casos positivos da covid-19 foram criadas cercas sanitárias na rua dos Índios, partes dos bairros Sambizanga e Posse, onde se recolheram mil e 841 amostras, mantidas mil e 600 famílias em quarentena domiciliar e transferidas 61 pessoas para quarentena institucional.

Na rua dos Índios estão confinadas 85 famílias, correspondente a 500 pessoas.

Insatisfeitos com a demora dos resultados das amostras recolhidas, um grupo de residentes da referida rua procedeu, nesta sexta-feira, a entrega de uma reclamação formal a directora do Gabinete Provincial do Cuanza Norte da Saúde, Filomena Wilson.

Em confinamento em casa há mais de 15 dias, os moradores queixam-se da falta de informação sobre a situação epidemiológica  actual da zona e  a morosidade na entrega dos resultados dos testes, reclamando, por isso, o levantamento da cerca sanitária.

A funcionária pública Angélica Fernando diz não perceber as razões de não receberem, até agora, os resultados dos exames, quando as pessoas suspeitas de outras áreas da cidade já os têm.

“Essa situação deixa aborrecida qualquer pessoa, porque a nossa vida não se resume em ficar em casa. Temos que trabalhar para sustentar os filhos”, lamentou Angélica Fernando.

Para Maria da Conceição Domingos, o grande problema está na falta de meios de testagem da covid-19 na província, que nessa altura mais prejudica a população, devido a incerteza que se cria pelo longo tempo de espera dos resultados.

Já Domingos Cardoso reconhece que a colocação da cerca sanitária visa conter o surgimento de novos casos da Covid-19, mas salienta a necessidade de as autoridades agilizarem a entrega dos resultados das pessoas em confinamento.

A propósito destas reclamações, a directora do Gabinete Provincial do Cuanza Norte da Saúde, Filomena Wilson, afirmou, em declarações à ANGOP, que o levantamento das cercas sanitárias está dependente da recepção dos resultados as amostradas encaminhadas para análise nos laboratórios centrais em Luanda.

Conforme a responsável, são aceitáveis as reclamações dos moradores, por não ser humanamente possível manter confinada uma pessoa por longo tempo, afirmando que a demora decorre da observância de alguns pressupostos técnicos e epidemiológicos.

“Também estamos expectantes. Queremos saber quais são os resultados das amostras enviadas a Luanda, mas há procedimentos técnicos que devem ser observados no seu processamento que levem a certeza e a validação dos resultados”, sublinhou.

A província do Cuanza Norte conta, desde o mês de Março último, com um aparelho de testagem de casos de Covid-19, cujo funcionamento está dependente da chegada de alguns componentes técnicos em falta no equipamento.

Segundo a directora do gabinete provincial da saúde, Filomena Wilson, o

Apoio alimentar

Oitenta e cinco famílias da  rua dos Índios receberam bens alimentares diversos para o reforço da dieta alimentar.

A oferta incluiu fuba de milho, arroz, óleo alimentar, leite, massa alimentar, açúcar, entre outros bens, numa acção da Comissão Multissectorial Provincial de Resposta à Pandemia.

A província do Cuanza Norte é a segunda, depois de Luanda, a registar casos positivos do novo coronavírus no país.

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