Covid-19 propicia crime transnacional e terrorismo

O Representante Permanente de Angola junto da União Africana, Francisco da Cruz, afirmou esta quinta-feira, Addis-Abeba (Etíopia) que o actual contexto económico e social, criado pelo novo Coronavírus, está a proporcionar um ambiente mais fértil ao crime transnacional e, particularmente, ao terrorismo.

O diplomata, igualmente embaixador de Angola na Etiópia, fez tal afirmação ao apresentar uma declaração, durante uma reunião virtual (teleconferência) do Comité de Representantes Permanentes (COREP) da União Africana (UA), sobre o impacto da Covid-19, refere em nota a Representação Permanente de Angola junto da União Africana.

O embaixador particularizou o aumento do crime transnacional e do terrorismo em regiões como o Sahel, a Bacia do Lago Tchade, o Corno de África e Norte de Moçambique, o que está a criar novas vagas de deslocados internos, refugiados e a afectar os esforços para conter a pandemia do novo Coronavírus.

Essas ameaças estão a alcançar novas proporções com a crescente tendência de impactos externos negativos, interferência e tentativas significativas para minar a capacidade de África de adoptar e implementar soluções africanas como “Silenciar as armas”, indica o documento que cita o diplomata.

O embaixador enfatizou que, durante a última Assembleia de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Addis-Abeba (Etiópia), em Fevereiro, o Presidente de Angola, João Lourenço, alertou sobre a ameaça representada pelo terrorismo à estabilidade do continente por causa do risco da sua propagação, se não houver resposta coordenada dos países africanos.

Nesse contexto, frisou, o Chefe de Estado fez uma proposta específica, que foi adoptada, para a necessidade urgente de se realizar uma cúpula extraordinária para discutir medidas de combate ao terrorismo em África.

 Estas preocupações e um plano de acção concernente ganham hoje, mais do que nunca, maior relevância, principalmente no âmbito da Paz e Segurança, perante as consequências emergentes da pandemia da Covid-19, acrescentou.

Por outro lado, citando a Comissária para os Assuntos Políticos da UA, Minata Samate Cessouma, o embaixador falou da existência de aproximadamente 27 milhões de pessoas na condição de refugiados ou deslocados internos em África, como resultado de conflitos violentos, violações de direitos humanos, desastres naturais, entre outras causas.

Referiu igualmente a ênfase dada pela Comissária sobre a importância de silenciar as armas e o apelo feito pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e o Presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, a favor de um cessar-fogo global para facilitar os esforços contra a pandemia da Covid-19.

A teleconferência foi orientada pelo embaixador Edward Makaya, Representante Permanente da República da África do Sul junto da União Africana e Presidente do Comité de Representantes Permanentes (COREP), cujo país lidera a Mesa da UA, desde Fevereiro do corrente ano.

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