A China registou cinco casos de infeção com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, no momento em que a cidade de Xangai anunciou o reinício de algumas aulas e as companhias aéreas retomaram voos.
Dos novos casos, dois foram importados e três foram identificados na província de Jilin, no nordeste do país.
Nenhuma nova morte foi registada no último mês, mas as autoridades de Jilin somaram retroativamente um óbito à contabilidade, elevando o total de fatalidades na China para 4.634, entre os 82.947 casos registados desde que o surto foi detetado pela primeira vez em Wuhan no final de 2019.
Apenas 86 pessoas permanecem hospitalizadas, enquanto outras 519 estão em isolamento após mostrarem sinais da presença do vírus ou terem resultado positivo ainda que não apresentem sintomas.
A China agora tem capacidade para realizar 1,5 milhão de testes de ácido nucleico por dia, disse a Comissão Nacional de Saúde, que está a colocar uma nova ênfase na biossegurança, gestão de laboratórios e formação de pessoal.
Já o número de voos domésticos regressou a 60% dos níveis pré-surto, excedendo dez mil por dia pela primeira vez desde 01 de fevereiro, informou o órgão regulador da aviação civil do país.
Com as férias de verão a aproximarem-se, vários locais turísticos foram reabertos, incluindo o famoso palácio da Cidade Proibida de Pequim e a Disneylândia de Xangai, embora ainda existam medidas estritas de distanciamento social.
Tal como em Pequim e outras cidades, Xangai já reiniciou as aulas para alunos do ensino secundário que se preparam para os exames.
Em Xangai, os alunos mantêm a opção de continuar a frequentar as aulas ‘online’, em vez de enfrentarem testes de vírus e medidas de distanciamento social nas escolas.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 310 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.