Quarta-feira, 18 de Setembro, 2024

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Cimenfort industrial entra no fosfato com 75 milhões de dólares

A Cimenfort industrial, uma das quatro vencedoras do concurso público internacional para a outorga de direitos mineiros em Angola, vai investir 75 milhões de dólares na exploração de fosfato.

Ao avançar hoje a informação, durante a cerimónia de anúncio dos vencedores do concurso público, o coordenador de projectos da empresa, David Silva, referiu ainda que, numa primeira fase, o projecto deverá gerar 80 postos de trabalho directo, 160 na segunda fase e 190 na terceira fase.

A Cimenfort,  uma das maiores fabricantes de cimento de Angola (situada na região oeste do país, próximo ao porto de Lobito, na província de Benguela), estreia-se  agora  na exploração de fosfato.

O concurso contou com 17 concorrentes para outorga dos direitos mineiras em concessões de ferro, diamantes e fosfatos, nas províncias de Cuanza Norte, Cabinda, Zaire, Lunda Norte.

Além da “Cimenfort Industrial, LDA” (Angola), também foram vencedoras a “Mimbos Resources, LDA” (Austrália) – fosfato, ao passo que para a exploração de diamantes a escolha recaiu para “Bizzi e Associados/Somipa” (consorcio Angola/Brasil) e “Ishangol” (EUA).

Para exploração do ferro, a única empresa candidata não cumpriu com os requisitos exigidos, de acordo com Mankenda Ambroise, coordenador da comissão de avaliação.

Neste concurso público internacional, o primeiro do sector mineiro em Angola, a concessão do jazigo de fosfato da região de Cácata (Cabinda), foi o que maior número de propostas recebeu, com um total de sete empresas concorrentes, correspondendo a 41,2%, seguida do kimberlito de Camafuca Camazombo, província da Lunda Norte, com quatro concorrentes (23,6%).

O resultado do concurso acontece após uma longa maratona de apresentações técnicas no país e no estrangeiro, nomeadamente em Luanda (Angola),  Dubai (Emirados Árabes Unidos), Londres (Reino Unido), Beijing (China), Nova Iorque (EUA.

Das cinco concessões constam três propostas para o jazigo de fosfato de Lucunga, (Zaire)   duas para a de diamantes, de Tchitengo (Lunda Norte)  e uma apenas para a mina de ferro de Cassala –Kitungo (Cuanza Norte).

A concessão de Cácata está localizada na área de Cácata e Tchôbo, 240 quilómetros a Leste da cidade de Cabinda, numa área de  90 quilómetros quadrados.

Os trabalhos realizados sobre a concessão de Cácata estão calculados em cerca de USD 114 milhões de dólares americanos.

Trabalhos de investigação geológico-mineira foram realizados no jazigo de  fosfato de Cácata, que resultou  na  identificação de uma sequência de  fosfóricos  lenticulares  até 14 metros de  espessura.

  As  reservas  calculadas  estão estimadas em 16.70 milhões  de toneladas  com teores de 24.6% de pentóxido de fósforo(P2O5).

O  acesso aos  jazigos podem  ser feita pela estrada nacional 201 que liga  a cidade de Cabinda  e a localidade de Cácata,  além do Porto de Cabinda  que pode ser  usado para a importação  de máquinas  e  equipamentos.

Este jazigo pode  apoiar  as estratégias  de  segurança  alimentar  e nutrição, mediante  a produção de fertilizantes  e rocha  fosfatada, para  o fomento da  agricultura.

Já o  kimberlito  de Camafuca-Camazambo,  com  uma  superfície  de 160  hectares, está localizado  a 27 quilómetros do município de Lucapa (Lunda-Norte).

Três  empresas  estiveram  envolvidas  no reconhecimento, prospecção, pesquisa  e  avaliação das  reservas de kimberlito  de Camafuca-Camazambo,  descoberto  em 1952, pela então Diamang.

Resultados  dos trabalhos recentes realizados apontam para uma reserva provada de 209,5 milhões  de metros cúbicos  de mineiro  23,3 milhões de  quilates.

Enquanto isso, a Lucunga está localizado no município do Tomboco (Zaire), ocupando uma área de 171 quilómetros quadrados.

As reservas estão estimadas em 215 milhões de toneladas de mineiro com teores de 9.56% de pentóxido de fósforo (P2O5).

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