As forças da ordem e segurança vão adoptar medidas mais duras a partir desta quarta-feira (29) para contrapor a violação das normas de prevenção contra a covid-19 por parte da população, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o porta-voz da corporação, Waldemar José.
O sub-comissário, que falava em conferência de imprensa de actualização da situação epidemiológica da covid-19, frisou que a intenção é pôr fim ao desacato, por parte dos cidadãos, das medidas de prevenção registadas nos últimos dois dias.
Recordou que abertura que se orientado, no quadro dos 15 dias do Estado de emergência iniciado domingo (26), serve para a retoma da economia e para trabalhadores da função pública na ordem de 50 por cento e não para lazer ou passeios familiares.
Segundo oficial superior, as forças da ordem e segurança estão preocupadas com a banalização do confinamento social, distanciamento entre pessoas, cumprimento dos horários de trabalho para os funcionários, e desobediência por parte dos taxistas e moto-taxistas.
“Até há igrejas a realizarem cultos, entidades empregadores a passarem declarações pouco claras, como, por exemplo, o facto de o funcionário ter que trabalhar 24horas por dia durante sete dias. É impossível. Passem declarações mais precisas em termos das horas de entrada e saída”, apelou.
Com vista a conter a propagação da pandemia, Angola observa, desde à 00h00 de domingo (26 de Abril), o terceiro período de Estado de Emergência, a vigorar até às 23h59 do dia 10 de Maio, cumprindo-se assim 45 dias consecutivos de isolamento social.
Esta é a segunda prorrogação, de 15 dias, do regime excepcional, desta vez com um aligeiramento das medidas.
O país totaliza 27 casos positivos, com duas mortes. No total estão 18 activos e estáveis clinicamente.