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Líder do Hamas critica israelitas por não acatarem decisões da ONU

O líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye, criticou hoje Israel por se recusar a acatar a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre pausas humanitárias na Faixa de Gaza para permitir ajuda ao enclave palestiniano.

Líder do Hamas critica israelitas por não acatarem decisões da ONU

Haniye apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a cessar completamente as hostilidades, a abrir as passagens fronteiriças e a pôr fim definitivamente ao bloqueio da Faixa de Gaza, segundo as suas declarações citadas pelo portal de notícias Al Quds.

Além disso, expressou a sua condenação dos “crimes de guerra e limpeza étnica” de Israel tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia, ao mesmo tempo que criticou “a guerra contra os hospitais”, que vai contra “todos os valores humanos”,

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira a resolução — apresentada por Malta — com 12 votos a favor, zero contra e três abstenções da Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, que exige que as pausas durem dias suficientes para prestar ajuda às pessoas afetadas pelo conflito.

O líder do Hamas apelou também para a implementação das decisões tomadas na cimeira dos países árabes e muçulmanos realizada no sábado em Riade, sobre a proteção dos locais sagrados e a cessação da violência na Faixa de Gaza.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

Lusa

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