Quinta-feira, 19 de Setembro, 2024

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Banco Económico anuncia reposição da operacionalidade do sistema

O Banco Económico (BE) anunciou, esta segunda-feira (8), a reposição da operacionalidade do seu sistema informático.

De acordo com uma nota divulgada no seu portal, o BE “comunica ao público em geral, e aos seus Clientes em particular, que foi reposta a normalidade das operações bancárias a partir desta segunda-feira, dia 8 de maio, nos seus serviços centrais, agências e canais digitais”. 

Segundo a versão oficial do BE, a inoperacionalidade do sistema deveu-se a um “incidente técnico ocorrido no seu Centro de Processamento de Dados na semana passada”.

“Os serviços do Banco estão a ser assegurados temporariamente por um centro de contingência”, salientou o BE alertando, “que algumas funcionalidades poderão ainda ter limitações”.

Contraria a versão oficial oferecida pelo BE, fontes contactadas por este jornal dizem que a inoperacionalidade do banco deve-se a falta de liquidez.

Esta situação surge, segundo a nossa análise, em consequência de uma diretiva do Banco Nacional de Angola, de carácter obrigatório, de março do corrente de ano, que obriga os bancos de importância sistémica a constituir uma reserva de capital adicional.

De acordo com o BNA, o BE e nove outros bancos da nossa praça (BAI, BIC, BFA, BPC, Standard Bank, Millennium Atlântico, SOL, KEVE e BNI) representam, no caso de insolvência, um potencial de contágio muito elevado dado à sua dimensão, importância para a economia, complexidade e grau de interligação com outras instituições do sector financeiro nacional.

Portanto, estes bancos passaram, a partir de 28 de abril do corrente ano, a ser obrigados a manterem uma reserva de capital adicional constituído com fundos próprios, equivalente a uma percentagem do montante total dos activos ponderados pelo risco (RWA).

No caso do BE, este foi obrigado a criar uma reserva de capital adicional de 1%, mas como o banco já enfrentava problemas de liquidez desde 2020. Esta nova diretiva agravou ainda mais a situação deixando o banco sem liquidez.

No dia 2 de maio de 2023, o BE anunciou a venda do seu edifício sede, de 25 andares, por 100 milhões de dólares.

O BE justificou a necessidade de vender o edifício com a falta de liquidez que banco enfrenta.

No dia 3 de maio de 2023, o BE comunicou a suspensão de todas as suas operações invocando constrangimentos informáticos.

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