O futebol português e mundial está de luto. O avançado Diogo Jota, de 28 anos, jogador do Liverpool e internacional português, morreu na madrugada desta quinta-feira (3) num acidente de viação no norte de Espanha, na companhia do seu irmão André Jota, também futebolista profissional.

Segundo informações da Guarda Civil espanhola, o acidente ocorreu por volta das 00h30 (hora local), numa estrada próxima da cidade de Zamora, na região de Castela e Leão. O veículo onde seguiam saiu da estrada, alegadamente devido ao rebentamento de um pneu durante uma manobra de ultrapassagem, acabando por incendiar-se após o despiste. Quando os serviços de emergência chegaram ao local, ambos os irmãos já se encontravam sem vida.
Uma carreira promissora interrompida
Diogo Jota era um dos principais nomes da nova geração do futebol português. Formado no Paços de Ferreira, destacou-se no FC Porto antes de brilhar no Wolverhampton e transferir-se para o Liverpool, em 2020. Desde então, foi peça fundamental na equipa orientada por Jürgen Klopp, contribuindo com golos decisivos em competições nacionais e europeias.
O atleta vinha de um momento especial na vida pessoal, tendo anunciado recentemente o seu casamento a 22 de junho, partilhando fotos da cerimónia nas redes sociais. A sua morte apanhou o mundo do futebol de surpresa.
O irmão, André Jota, de 24 anos, era jogador profissional em actividade na segunda divisão portuguesa, tendo representado clubes como o Penafiel e o Vilafranquense. Também ele nutria ambições de uma carreira sólida no futebol nacional.
Reacções de pesar e homenagem internacional
A notícia provocou uma onda de consternação e homenagens em Portugal e além-fronteiras. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestou profundo pesar, descrevendo Diogo Jota como “não só um jogador fantástico, mas uma pessoa extraordinária, respeitada por companheiros e adversários”.
Num comunicado oficial, a FPF declarou:
“As mortes de Diogo e André Jota são perdas irreparáveis para o futebol português. Faremos tudo para honrar diariamente o seu legado.”
A Federação solicitou ainda à UEFA um minuto de silêncio antes da partida entre Portugal e Espanha pelo Europeu Feminino de Futebol, como forma de homenagem póstuma.
Clubes, colegas, treinadores e adeptos de várias partes do mundo multiplicaram-se em mensagens de condolências nas redes sociais, demonstrando o impacto profundo que Diogo Jota deixou tanto dentro como fora das quatro linhas.
Um vazio difícil de preencher
A tragédia ceifa duas vidas jovens e promissoras e deixa um vazio imenso no futebol português. Diogo Jota era tido como um dos pilares da seleção nacional no atual ciclo competitivo, sendo parte importante do grupo liderado por Roberto Martínez.
A sua determinação, ética de trabalho e perfil discreto, mas combativo, conquistaram o respeito generalizado no desporto. A nível humano, amigos, colegas e familiares descrevem-no como alguém de “grande coração”, “respeitador” e “profundamente dedicado à família”.