Quinta-feira, 19 de Setembro, 2024

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Banco Económico inoperacional por falta de liquidez

O Banco Económico (BE) emitiu um comunicado datado de 3 de maio de 2023, alertando os seus clientes sobre uma ocorrência de constrangimentos informáticos que têm limitado a execução de operações nos serviços centrais, nas agências e nos canais digitais.

Fontes deste jornal indicam que há quase três semanas que o banco tem vindo a encontrar dificuldades para carregar os seus multicaixas por falta de liquidez.

De acordo com a nossa análise, esta situação surge em consequência de uma diretiva do Banco Nacional de Angola, de carácter obrigatório, de março do corrente de ano, que obriga os bancos de importância sistémica a constituir uma reserva de capital adicional.

De acordo com o BNA, o BE e nove outros bancos da nossa praça (BAI, BIC, BFA, BPC, Standard Bank, Millennium Atlântico, SOL, KEVE e BNI) representam, no caso de insolvência, um potencial de contágio muito elevado dado à sua dimensão, importância para a economia, complexidade e grau de interligação com outras instituições do sector financeiro nacional.

A partir de 28 de abril de 2023, estes bancos passaram a ser obrigados a manterem uma reserva de capital adicional constituído com fundos próprios, equivalente a uma percentagem do montante total dos activos ponderados pelo risco (RWA).

O BE foi obrigado a criar uma reserva de capital adicional de 1%, mas como o banco já enfrentava problemas de liquidez desde 2020, esta nova diretiva agravou ainda mais a situação deixando o banco sem liquidez.

No dia 2 de maio de 2023, o BE anunciou a venda do seu edifício sede, de 25 andares, por 100 milhões de dólares.

O BE justificou a necessidade de vender o edifício com a falta de liquidez que banco enfrenta.

No dia 3 de maio de 2023, o BE comunicou a suspensão de todas as suas operações invocando constrangimentos informáticos.

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