O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), que esteve reunido esta sexta-feira (5) em assembleia-geral extraordinária, decidiu suspender a greve no dia 12 do corrente mês a condição que o governo se pronuncie sobre as suas reivindicações, caso contrário a greve continuará até 26 do mês corrente altura que completará 89 dias de greve, menos um que os 90 dias previstos por lei.
No dia 27 as aulas retomam por um período de 30 dias no fim dos quais a greve poderá reatar por tempo indeterminado.
Esta deliberação foi aprovada com 64 votos a favor, 4 contra e 3 abstenções.
“Se o governo negociar até dia 11, então a greve pode ser interpolada no dia 12 de maio, caso não a greve só será interpolada no dia 26 de maio e a classe docente vai observar 30 dias de trabalho, findo os trinta dias retomará a sua greve”, disse o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto.
A assembleia-geral emitiu uma nota de repúdio contra o silêncio do governo face às reivindicações do SINPES e às perseguições e, atentado à morte da primogénita do secretário-geral. E recomenda a plena proteção dos membros do sindicato e dos seus familiares.
Este período de greve teve início no dia 26 de fevereiro e surge em consequência do incumprimento da parte do governo do caderno reivindicativo do SINPES que entre outros exige um aumento salarial e seguro de saúde para todos os docentes universitários.