Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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Ex-MNE britânicos urgem Boris Johnson a liderar resposta internacional à China

Sete ex-ministros dos Negócios Estrangeiros britânicos urgiram hoje o primeiro-ministro, Boris Johnson, a promover uma aliança global para responder à crise desencadeada pelo anúncio de uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong, noticiou hoje a BBC.

Numa carta conjunta, os ex-ministros dizem que o Governo do Reino Unido deve tomar a iniciativa de proteger as liberdades da ex-colónia britânica, cujo executivo apoia a polémica legislação patrocinada pela China, informou a emissora.

Na sua opinião, com a proposta legislativa, que gerou protestos na região, o governo de Pequim “viola descaradamente” o acordo sino-britânico assinado em 1984, que governou a transferência da colónia para a China em 1997.

Os signatários da carta são os conservadores Jeremy Hunt, William Hague e Malcolm Rifkind, os trabalhistas David Miliband, Jack Straw e Margaret Beckett e David Owen, fundador do agora extinto Partido Social Democrata.

Um porta-voz do Governo disse hoje que o Reino Unido “já está a liderar” a resposta à imposição da nova lei planeada pela China, que também foi condenada publicamente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na passada sexta-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido instaram a China a olhar para “as preocupações legítimas” em relação ao diploma de segurança nacional de Hong Kong, durante uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU.

“Esta legislação pode restringir as liberdades que a China se comprometeu a respeitar de acordo com o direito internacional”, explicitou o embaixador de Londres nas Nações Unidas, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

Ativistas a favor da democracia em Hong Kong e vários países consideram que a nova legislação vai reduzir as liberdades na região da China que tem semiautonomia, um conselho legislativo e executivo locais.

Outros países, como Austrália, Canadá ou o Japão, também expressaram os seus receios.

O projeto de Lei foi aprovado durante o encerramento da sessão anual do legislativo chinês, cujos cerca de 3.000 delegados são na maioria membros do Partido Comunista da China (PCC), partido único do poder no país asiático.

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