O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló anunciou hoje a intenção de visitar a Ucrânia em data a indicar, na sequência de uma conversa telefónica que manteve com o líder do país, Volodymyr Zelensky, revelou a presidência guineense.
Através da página oficial da rede social Facebook, Umaro Sissoco Embaló informou ter abordado com Zelensky “vários temas” e ainda acordaram uma visita a Kiev juntamente com o presidente em exercício da União Africana, o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall.
A reunião entre Embaló e Zelensky, anunciada por videoconferência, acabou por ser um contacto telefónico. Nos últimos dias a Internet tem conhecido problemas na Guiné-Bissau.
A mesma fonte da presidência guineense assinalou ainda que a Guiné-Bissau está a trabalhar no sentido de reforçar o diálogo entre as partes em conflito e ainda encorajar o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O Presidente Sissoco Embaló aproveitou a oportunidade para saudar as recentes medidas que levaram ao levantamento do bloqueio que existia sobre os portos ucranianos, o que permitiu a partida de um primeiro navio carregado de cereais da Ucrânia para o Líbano, frisou a nota da presidência guineense.
A fonte salientou que aquele acordo foi patrocinado pelas Nações Unidas e a Turquia.
No passado mês de março, Umaro Sissoco Embaló manifestou a disponibilidade de servir de ponte entre a Rússia e a Ucrânia para acabar com as hostilidades, com base “na longa experiência em conflitos” da Guiné-Bissau.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Lusa