A aliança OPEP+ decidiu hoje aumentar no próximo mês em 100.000 barris diários a sua oferta petrolífera, uma subida muito limitada em comparação com os meses anteriores.
“A disponibilidade muito limitada” da capacidade de bombear mais petróleo num curto espaço de tempo “exige que seja utilizado com muita cautela”, sublinhou hoje a OPEP+ em comunicado divulgado após a reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderados pela Arábia Saudita e de 10 outros aliados, incluindo a Rússia.
Esta resposta ocorre depois da recente visita do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Arábia Saudita e das pressões dos Estados Unidos e da União Europeia para um aumento da produção que permita travar a subida dos preços.
Na semana passada, o Presidente francês, Emmanuel Macron, também recebeu o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, para um jantar de trabalho no Palácio do Eliseu, apesar da polémica sobre o assassínio, em 2018, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul e dos protestos de defensores dos direitos humanos.
O abrandamento no aumento da produção terá lugar a partir de setembro, depois de nos meses anteriores terem sido aprovados 432.000 e 648.000 barris suplementares.
Após “observar a dinâmica e rápida evolução dos fundamentos do mercado petrolífero”, foi decidido “ajustar em alta o nível de produção em 0,1 milhões de barris por dia (mbd)” nos países membros da aliança, refere o comunicado.
Os ministros dos países da aliança que participaram na reunião, por videoconferência, destacaram “o valor e a importância de manter o consenso essencial para a coesão” interna do grupo e convocaram a sua próxima reunião para 05 de setembro.
Lusa