Segunda-feira, 4 de Agosto, 2025

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População lincha dois supostos marginais em Benguela

Dois supostos marginais foram espancados até a morte, na última segunda-feira, por moradores do bairro Viva a Paz, arredores da cidade de Benguela, após os mesmos participarem de um assalto a uma cidadã, na via pública, soube a Angop.

Segundo a Rádio Benguela, que ouviu testemunhas no local, as vítimas pertenciam a um grupo composto por seis elementos que se faziam transportar em três motorizadas, que seguiu a referida cidadã, proveniente do mercado 4 de Abril, no intuito de roubar a pasta com valores monetários que a mesma levava.

Uma das testemunhas relatou que uma das motorizadas dos meliantes embateu propositadamente contra o velocípede que transportava a cidadã, presumivelmente de nacionalidade congolesa, o que terá provocado a sua queda.

“Assim que a senhora e o motoqueiro caíram, os moços pegaram na pasta da senhora e quatro meteram-se em fuga. Os outros dois não conseguiram fugir porque a motorizada em que seguiam avariou, saiu a corrente, e a população partiu para cima deles”, disse.

Acto contínuo, acrescentou, a população começou a espancá-los com pedras e outros objectos contundentes até a morte.

Um outro cidadão referiu que quando chegou ao local, os dois jovens, com idades entre 32 e 35 anos, já se encontravam praticamente mortos, fruto da fúria da população.

Explicou que os roubos por esticão são frequentes naquele bairro, o que tem deixado a população revoltada.

Entretanto, contactado pela Angop, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente Ernesto Chiwale, confirmou a ocorrência e aconselhou a população a evitar fazer justiça por mãos próprias.

“Assim que foram notificados, as forças da ordem ainda acorreram ao local, mas, infelizmente, encontraram os dois cidadãos já sem vida, pois haviam recebido golpes contundentes”, disse.

Ernesto Chiwale reafirmou que a Polícia Nacional existe para garantir a ordem e tranquilidade pública, pelo que condena o comportamento desses cidadãos que optaram por fazer justiça por mãos próprias.

Por esse motivo, disse, investigações decorrem para identificar os implicados nesse caso para posterior responsabilização criminal.

Angop

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