O novo accionista do Banco de Comércio e Indústria (BCI) será conhecido, sexta-feira, dia 17, após o leilão electrónico, a ser executado pela Bolsa de Dívida de Valores de Angola (Bodiva).
O leilão electrónico, que vai decorrer na plataforma da Bodiva, começa às 9 horas, período em que os dois concorrentes apurados para esta final vão apresentar as suas melhores propostas para a compra do Banco ao Estado.
O Conselho de Administração da Bolsa de Dívida e Valores de Angola afirma estarem as condições criadas para o efeito, num evento que vai culminar com a privatização do activo BCI e onde será encontrado o preço de venda e o candidato vencedor.
Simultaneamente à divulgação pública pelo website da Bodiva, será realizado o leilão por via de um webinar restrito e comentado, via plataforma “teams”, de acordo com a instituição, em nota de imprensa entregue à ANGOP.
O BCI tem na sua estrutura accionista o Ministério das Finanças (98,915%), a Sonangol, Ensa, Porto de Luanda e TAAG, com 0,1894% cada, Ceval e TCUL, ambos com 0,0794%, Endiama e Angola Telecom, com igual valor, e Bolama (0,0094%).
O Banco de Comércio e Indústria (BCI) teve, em 2020, resultados líquidos na ordem dos 4 197,6 mil milhões de kwanzas, contra os 26 190,2 mil milhões negativos registados em 2019, saindo dos resultados negativos.
Os fundos próprios desta instituição bancária atingiram, no ano transacto, os 26 256,8 mil milhões de kwanzas, contra os negativos 36 832,2 mil milhões do período homólogo do ano anterior.
Na altura, o rácio de solvabilidade regulamentar fixou-se em 16,6% (-29,29% de 2019), acima do limite mínimo exigido pelo Regulador, o Banco Nacional de Angola (BNA), que é de 10 por cento.
Tais resultados evidenciam uma evolução que permitiu reverter a situação negativa registada em igual período do ano anterior.
Com uma rede de atendimento de 149 pontos, espalhados pelas 18 províncias do país, o Banco de Comércio e Indústria contava, até os finais de 2019, com 47 mil 473 clientes da “classe c”, empresarial e institucional.
Angop