Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

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Exportações de petróleo de Angola para a China caem quase 19% em julho

As exportações de petróleo bruto de Angola para a China caíram 18,9% em julho, em termos homólogos, segundo dados do setor publicados hoje, refletindo a tendência de declínio das compras de crude a África pelo país asiático.

Segundo um relatório da consultora especializada no mercado energético S&P Global Platts, com base em dados das alfândegas chinesas e fontes da indústria, no total, a China comprou 2,9 milhões de toneladas de crude a Angola, em julho, colocando o país africano como o sexto principal fornecedor da potência asiática.

Angola ocupava, tradicionalmente, os três primeiros lugares, alternando com a Rússia e Arábia Saudita, entre os principais fornecedores de petróleo para a China.

A Arábia Saudita e a Rússia permanecem como os dois maiores fornecedores, seguidas pelo Iraque, Kuwait e Omã, ilustrando a crescente preponderância do Médio Oriente, em detrimento do continente africano.

No conjunto, as exportações de petróleo dos países africanos para a China afundaram em julho 41,5%, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo os dados das alfândegas chinesas.

Durante o mesmo período, as importações oriundas do Médio Oriente, que correspondem agora a cerca de metade do total das compras feitas pela China, caíram 1,2%, em termos homólogos, para 147,77 milhões de toneladas.

O Brasil fixou-se como o sétimo maior fornecedor, atrás de Angola, com 2,4 milhões de toneladas de crude exportadas para a China.

As importações totais de petróleo bruto da China caíram 5,6%, para 301,83 milhões de toneladas, entre janeiro e julho.

Os analistas preveem que as exportações de crude do continente africano para a China continuem a diminuir drasticamente no terceiro trimestre, devido à desaceleração da produção nas refinarias chinesas, enquanto muitas refinarias privadas do país enfrentam escassez de disponibilidade de quotas de importação de petróleo.

As refinarias chinesas fora do setor estatal importaram cerca de 7,92 milhões de toneladas de petróleo angolano, entre janeiro e julho, compondo a cerca de 34% das compras da China ao país africano, segundo dados da S&P Global Platts.

No entanto, a disponibilidade de quotas de importação das refinarias privadas caiu para cerca de 40 milhões de toneladas, de agosto em diante, em comparação com cerca de 95,72 milhões de toneladas nos primeiros sete meses, revelam os dados da Platts.

Lusa

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