O Presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, anunciou hoje que o confinamento imposto desde 30 de março para conter a propagação do novo coronavírus vai manter-se “por tempo indeterminado”, sendo a situação revista a cada duas semanas.
O chefe de Estado congratulou-se com os efeitos positivos do confinamento, considerando que refletem os baixos números de contágios.
Até agora, o Zimbábue testou 25 mil pessoas, tendo registado oficialmente 42 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo quatro mortes.
“Como tal, o Zimbábue vai permanecer em confinamento por tempo indeterminado”, disse Emmerson Mnangagwa, numa intervenção na televisão pública.
“Vamos reavaliar a situação a cada duas semanas para observar o progresso – ou a falta de progresso”, acrescentou.
A crise mundial de saúde atingiu o Zimbábue quando o país estava no meio de uma crise económica, que arruinou o Estado, incluindo o serviço público de saúde.
Os 15 milhões de zimbabueanos sofrem ainda com escassez severa de produtos de primeira necessidade, incluindo medicamentos, e metade da população está, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ameaçada pela fome.
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 307 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 118 mil contra mais de 164 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Os Estados Unidos da América são o país com mais mortos (87.493) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,4 milhões).
Por regiões, a Europa soma mais de 164 mil mortos (mais de 1,8 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 93.200 mortos (mais de 1,5 milhões de casos), América Latina e Caribe perto de 27.000 mortos (mais de 476 mil casos), Ásia mais de 11.800 mortos (mais de 343 mil casos), Médio Oriente mais de 8.000 mortos (mais de 264 mil casos), África mais de 2.600 mortos (mais de 77 mil casos) e Oceânia com 126 mortos (mais de 8.300 casos).