Pelo menos 400 ex-trabalhadores da fábrica têxtil Comandante Bula (ex-SATEC), no município de Cambambe, província do Cuanza Norte, vão reaver os seus salários, pendentes desde 1996, em consequência da paralisação da unidade.
A garantia foi dada, quarta-feira, à ANGOP no Dondo, pelo chefe do Departamento de Privatizações do Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado (IGAPE), José Tavares, à margem da cerimónia de entrega formal da indústria têxtil ao grupo empresarial zimbabueano “Boabab Cotton”, a nova gestora.
O responsável observou que a regularização da dívida, que data desde o encerramento da fábrica em 1996, oferece dois critérios, sendo o primeiro voltado para a integração de operários no conjunto de trabalhadores, caso reúnam os requisitos exigidos pela gestão.
A segunda opção será de responsabilidade do Governo, através do IGAPE, que presentemente estuda os critérios de pagamento, alinhado a um acordo de cessação do vínculo contratual entre o trabalhador e a ex-entidade empregadora, no caso o Estado, com base nas modalidades anteriores.
O gestor, que não avançou o montante da dívida para com os trabalhadores, referiu que a celebração do contrato entre o Governo e a nova gerência da agora Comandante Bula, isenta a obrigatoriedade na admissão do pessoal, daí a possibilidade da promoção do acordo mútuo com o IGAPE.
José Tavares disse ser um assunto do domínio do Governo, que a qualquer momento será resolvido.
A modernizada fáfrica Comandante Bula, antiga SATEC faz parte do quarto parque industrial do país, a par da barragem de Cambambe, a cervejeira Eka, a fábrica de vinhos e licores Vinelo, de materiais de construção Pré- blocos, de processamento da banana Banangola, entre outras.
De Agosto de 2013 a Dezembro de 2016 foram destruídas as antigas estruturas, que compreendia um espaço de 50 mil metros quadrados, dando lugar a uma nova unidade, no âmbito dos investimentos do Ministério da Indústria, para o relançamento do sector têxtil, avaliada em USD 680 milhões, disponibilizados através de uma linha de crédito do governo japonês.
A fábrica, situada na cidade do Dondo, sede do município de Cambambe, província do Cuanza Norte, remonta do ano 1967, altura que começou a ser instalada, e entrou em funcionamento em 1970.
