A mina diamantífera do Lulo, na província da Lunda Norte, está a operar a 50 por cento da sua capacidade instalada, disse esta quinta-feira à Angop o seu presidente do Conselho de Gerência, Domingos Alfredo Machado.
Lulo é uma das mais importantes minas diamantíferas mundiais, constituída por uma sociedade entre a estatal Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), com 32%, a também privada angolana Rosa e Pétalas (28%) e a operadora australiana Lucapa Diamond Company (40%).
Em resposta a perguntas colocadas pela agência noticiosa, Domingos Machado disse que as operações haviam sido “reduzidas” tão logo foi declarado o estado de emergência, mas a empresa “nunca” esteve parada.
Segundo acrescentou, a empresa, que tem 435 trabalhadores, está a laborar com cerca de metade desse total, em dois turnos, de oito horas cada.
Lulo foi a mina em que a australiana Lucapa Diamond Company encontrou o 27º maior diamante do mundo, originalmente com 404,2 quilates e sete centímetros de comprimento, que foi vendido por 16 milhões de dólares, na Suiça.
Na sequência da decisão das autoridades angolanas de organização de leilões de venda de diamantes, Angola arrecadou, em Janeiro deste ano, 16,7 milhões de dólares norte-americanos.
O evento foi organizado no âmbito da implementação da Política de Comercialização de Diamantes, aprovada a 27 de Julho de 2018 e nele participaram 31 empresas.
O leilão contemplou a venda de um lote de sete pedras especiais, provenientes da Sociedade Mineira do Lulo, com peso entre 43,25 e 114,94 quilates, entre elas uma com 46 quilates, denominada “pink” ou pedra rosa.